Publicado por: penhalver | 26/08/2009

Questionamentos dos moradores da subprefeitura da Lapa

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25 de agosto de 2009 – Perguntas e respostas da audiência pública da revisão do PDE realizada na região da subprefeitura da Lapa. Durante a audiência pública cidadãos colocaram suas opiniões e questionamentos que foram respondidas pelo relator da revisão do PDE, vereador José  Police Neto.  Leia os principais trechos:

Zulmira – A gente está lutando para que São Paulo possa ser uma cidade e que a gente possa transitar que a gente tenha um lugar bom para morar. Eu venho a lutar pelo entorno dos parques públicos que eu acho que ninguém comentou e reitero tudo o que foi falado aqui. E eu gostaria de chamar atenção para os entorno dos parques públicos. Eu moro próximo ao Parque da Água Branca e nós já fizemos abaixo-assinado, já levamos ao Ministério Público tentando fazer com que evitem a verticalização do pedaço. Por que nos já temos dois shoppings – o West Plaza e o Bourbon – que depois da construção do Bourbon na Turiaçu não se anda mais. Temos o metrô, temos o parque da água branca com muitas festas nos finais de semana que fica impossível de se estacionar, de se andar é tudo parado e temos também o Baby Barion que também tem muitas festas e o Palmeiras, gente aquilo está impossível. Agora na rua que eu resido, a Rua Rosa Galvão eles resolveram construir um prédio de somente 21 andares onde só tinha residência. Isso é um pecado, foi comprado pela REM é comparam 6 ou 7 casas e com a outorga onerosa estão construindo um prédio altíssimo que não condiz com o bairro. Era uma rua de paz e tranqüilidade e agora querem construir essa monstruosidade. É um o prédio para a classe AA, caríssimo com 4 níveis de garagens, 42 apartamentos, 2 por andares, subsolo, acabando com toda a nossa parte hídrica e sabe prejudicando os moradores. Tem moradores reclamando que as casas vão rachar por que são todas antigas. Gostaria que fosse feita uma regularização dos bens tombados e também um entorno controlado. Porque isso é fundamental.

Resposta (José Police Neto): Zulmira, deixando a administração do jeito que está nos veremos muitos iguais a esse espalhados no território, por que essa é a legislação que temos e ela permite isso que aí está, portanto se tivermos a condição de mudar essa realidade legal do município talvez a gente saia desse processo com bônus nesse resultado avançando que naquilo que a capacidade de controle da cidade. Para buscar a cidade justa que tanto falou aqui. Ela fala também dos entornos e qualidade de vida para uma cidade melhor. O Burle Marx falou da muralha dos egoístas, ele disse: – “Chego à orla de Santos e me assusto com a muralha dos egoístas que chega a fazer sombra para a praia”. No litoral não há algo mais democrático do que a praia, para uma cidade que não tem praia não há algo mais democrático do que a praça, o parque. Se o plano diretor tem que avançar nisso iremos fazer e adorei a sugestão da Zulmira porque é peça fundamental para o desenvolvimento da cidade.

Na sequência temos 6 colocações semelhantes respondidas pelo relator José Police Neto:

Sidney – Manifesta-se pela devolução do PL671/2007 ao Executivo municipal para que refaça as concepções e procedimento de sua revisão uma vez que “não se considerou as conseqüências das mudanças climáticas em cursos para a cidade de São Paulo, sem contar com a questão da alteração de cálculos da outorga onerosa. Institutos fizeram uma pesquisa sobre as alterações climáticas, tempestades repentinas, enchente, entre outros danos causados pelo tempo. Isso ocorre por motivo das operações urbanas na região, onde ocorrem verticalizações gerando um fenômeno chamado ilha de calor. E o aumento da poluição do ar caudado pela poluição dos carros”.

& Maria Laura, representante do Cades LAPA – Somos contrários à revisão do plano diretor, PL 671/2007 que não abrange a questão humana da cidade, como cidade limpa, emprego e renda, educação, saúde e serviço social, com essa ação o projeto teve a função de uso e ocupação do solo dando interesse ao setor imobiliário se distanciando e tendo como vista outro plano diretor. E uma revisão apenas com funções estratégicas que delimitam o artigo 293 do plano atual. Essa ação indica um retrocesso da atividade urbana que deve ser integrada tendo em vista a partes dos problemas que devem ser visto em pequeno e médio prazo. E essa é a maior região metropolitana do país e coloca sem dúvida os procedimentos de desenvolvimento setoriais. Ainda exclui o mapa 7 o art. folhas 1 e 2 do PDE onde se trata das ZEIS, o mapa tem como objetivo mostrar as questões regionais e locais, principalmente para a população de baixa renda, pois os procedimentos relativos às ZEIS foram suprimidos. Solicitamos a manutenção do mapa 7 e doa vários artigos suprimidos nesse plano.

& Reginaldo – Com base no PL 671/2007 solicitamos a inclusão das macros-áreas bem como a inclusão do art.3 especificando a importância de cada região dentro do plano. Solicitamos a inclusão do art. 154 a 156 e a retirada dos artigos 14, incisos 23, 24 e25 e a retirada do artigo 188 que é de interesse comum. É importante que toda a intervenção urbana tenha o mapeamento do solo e do subsolo, para subsidiar os responsáveis e para que seja seguro o adensamento construtivo, que os instrumentos de avaliação ambiental apontem os indicadores e as intervenções urbanas é importante ressaltar que se encontra na Câmara Municipal a CPI de danos ambientais com objetivo de analisar e investigar as respectivas pessoas responsáveis pelo dano adquirido em atividades industriais, regulares ou ilegais.

& Rose Mary – Como todos tiveram a oportunidade de ouvir os 3 colegas que me antecederam que são do CADES, Movimento Defesa São Paulo, o Mover, a Sociedade de Moradores da Lapa. Por tudo que foi solicitado aqui pelos colegas, pela rejeição do projeto de lei PL 671/2007. Solicitamos que a Câmara devolva ao Executivo Municipal para que o refaça nas suas concepções e procedimentos uma vez que há procedimentos ilegais democráticos realizados durante o processo de revisão do plano diretor no âmbito do executivo não cumpriu o determinado artigo 243 do plano diretor que estabelece limites legais de sua própria revisão, restrita apenas a suas ações estratégicas mesmo sabendo dos procedimentos ilegais do processo de revisão. Hoje a apreciação sobre o poder judiciário com as audiências públicas está em andamento. Protocolamos o manifesto que detalha nossas preocupações e propostas com vários anexos que reproduzem o movimento e a história dos moradores da Lapa e região para uma cidade sustentável inclusa no plano de 2005 (PRE de 2004), nesses últimos 4 anos atendendo a solicitações de diversos subprefeitos e subprefeitas que aqui estiveram e aqui passaram as associações e movimentos de cidadania e em caminharam oficialmente suas manifestações em audiências públicas. E as propostas foram copiladas e organizadas em documento produzido durante a gestão da subprefeita Luiza Eluf, encaminhado o seu manifesto sem qualquer devolutiva até hoje. E nosso repúdio à verticalização caótica e descontrolada  e sem qualquer critério em nosso bairro.

& Roberto Rolnik Cardoso, Presidente da AMPALBA (Associação de Amigos e Moradores pela Preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança) – A associação é signatária do que foi protocolado aqui e continuamos achando, até discordando do vereador que não é legitima essa revisão porque elas extrapolam  o artigo 293 e ainda está sobre judice  e  sabemos que esse processo irá continuar então defendemos essa posição. Eu gostaria de ressaltar um aspecto deste plano que é o seguinte: a homogeneidade que ele cria para a cidade de São Paulo à medida que a gente tira essas macro-áreas, que retira essas ZEIS e se retira esse plano de bairro, e que se cria um novo cálculo para a área das novas construções. Em decorrência disso é uma cidade uniforme onde se dá uma ênfase de ser somente o mercado imobiliário. Esse plano é oposto do passo que se dá ao plano de bairro. Para nós é um plano de gabinete que você abre a planta da cidade e cria um padrão único  para a cidade como um todo. Fazer um plano de bairro é trabalhoso, porque depende de oficina, assembléia, audiências públicas, ouvir a população, desenhar. Quem conhece a cidade e quem cuida da cidade é o morador.

& Cleide Coutinho, Conselho de Segurança da Lapa – Queremos discutir questões de segurança e melhoria do nosso bairro, com as 23 audiências públicas ocorridas já temos um tipo de demanda para o plano diretor da cidade. O conselho Lapa irá colocar algumas sugestões que consideramos pertinentes. Inicialmente informamos que somos a favor do manifesto dos moradores sobre o plano diretor, concordamos com o conteúdo e aproveitamos a oportunidade de falar também de outras questões mais pontuais que temos discutido nessas reuniões mensais no conselho de segurança da Lapa. Praticamente 90% dos assuntos tratados são questões de cidadania. Transporte precário, inundações. Temos muitos faróis sem sincronia e faixa de pedestres mal cuidadas. Temos aqui na Lapa uma enorme quantidade de  lixo  vinda dos condomínios o que acaba atraindo carroceiros e moradores de rua em busca de material como meio de sobrevivência,  eles se alojam cada vez mais nos bairros sendo alvo de bebida e de traficantes. Todas essas questões colaboram indiretamente com os índices de criminalidade. Só a quantidade de policia militar, guarda civil é muito menor do que precisamos. A quantidade de moradores aqui na Lapa também.  Nós não podemos concordar com o maior adensamento nessa região principalmente com prédios ditos de luxo, pois todos os estudos de criminalidade pregam que eles trazem consigo um índice de criminalidade.

Resposta (José Police Neto): Maria Laura, Reinaldo, Rose Mary, Sidney, Roberto e Cleide – Parcialmente foram apresentados documentos a todos nós. O documento se inicia apresentando uma preocupação das mudanças climáticas é tema do plano (PDE). A gente irá trazer para debate, vamos ter que discutir se teremos fator social ou não e acho que isso é uma contribuição fundamental, não só o CADES daqui, mas todos os CADES. A gente não pode deixar de lembrar duas outras leis estaduais que devem se somar para a manifestação deste problema, que é a lei específica da Billings e a lei da Guarapiranga, até para que não tenhamos que observar a cidade  sem observar as regras como as leis estaduais recentes. A da Guarapiranga, de 2006, e a da Billings, de 2009. Quero sugerir que o CADES nos ajude a ter um melhor andamento nesse processo e na capacidade que as pessoas têm de entender a importância da lei que se incorpora. É mais vantajoso resolver o problema do que ficar criticando.

Devemos sim ter um debate para ampliar as informações oferecidas por vocês aos vereadores. Estamos aqui para isso. A questão das macro-áreas: deve-se fazer uma leitura desde o momento que ela foi apresentada pela lei municipal, porque o lotes eram muito mais ligados ao espaço territorial que se interpreta, para o desenvolvimento local. Esse debate foi feito na Câmara quando a questão das macro-áreas foi introduzida no PDE, para cumprir uma finalidade importantíssima se no passado tínhamos lotes vinculados ao zoneamento no momento em que os desencontros precisam do fio condutor das macro-zonas, para um procedimento importantes no PRE, porque no PDE se estuda a tipologia e não há zoneamento. A questão usada no item 4 ela também fala sobre isso para a melhoria e regularização.

Sobre as ZEIS: o mapa das ZEIS não foi retirado está no PRE de casa subprefeitura (Lei 13.885/04). Sobre as intervenções urbanas, faz parte do plano e iremos estudar isso sim. Sobre os planos de bairro, concordo com vocês é um tema que deveria estar no plano. E eu vou tentar colocar isso. Sobre a outorga onerosa ela surgiu em 2002 temos que estudar para ver o que realmente se refere a um estoque local. Temos que estudar muito bem o que é essa limitação imposta por um poder estrutural que o impede também em mexer nas questões referentes às bacias hidrográficas. Isso está no quadro 4 da lei 13.885/04.

Armando, Associação Amigos da Lapa – Uma reivindicação clara que vim trazer aqui hoje é com relação aos comerciantes principalmente da Brigadeiro, da João Peixoto e da Pio XI. Poder estar dentro da legalidade, que esse plano diretor venha contemplar essas coisas, pois dizem que é de interesse coletivo. Gostaria que esse plano diretor contemplasse esses interesses coletivos para o nosso trabalho e para nós que estamos trabalhando há mais de 20 anos com nossos cliente e no Fórum Comercial. Acho louvável eu como morador aqui ter essa revisão do plano diretor e principalmente trazer da subprefeitura da Lapa essa manifestação democrática onde todos podem dar a sua opinião.

Resposta (José Police Neto): Armando, nós não temos como legalizar o setor comercial, então não vamos aqui interpretar o plano diretor como super homem, vai fazer tudo. Não é assim. São duas coisas que devem ser tratadas: uma é a questão do fundiário do local, que apresenta como reajuste fundiário no art. 186. Depois tem a edificação que não esta no PRE e nem do PDE, está no plano de obras.

Silvinha – Moro no parque continental e ele foi considerado como zona mista, o bairro possui uma nascente algumas ruas não têm saída, então muitas pessoas foram morar lá por esse motivo. A gente se mobilizou, pois o bairro foi considerado zona mista, e em duas semanas conseguimos 2 mil assinaturas, fomos para a imprensa, fizemos passeata, justamente para manter o bairro e hoje temos muitos caminhões passando pelo bairro. Então todos os moradores se mobilizaram por que a gente quer que o bairro continue sendo residencial com tranqüilidade, com aquele pequeno comércio na região que fosse um trânsito tranqüilo e não um trânsito local. Conseguimos isso, está na lei. Este é um bairro reconhecido como residencial, só que acontece o seguinte a lei não é cumprida, continua a rua sendo trânsito de passagem, continua sendo aberto comércio ilegal e nada é feito. Então hoje eu tenho duas questões que eu fico até constrangida os meus filhos participaram da passeata, participaram do processo e eles dizem: – Mãe, mas a gente não lutou, para que esse bairro fosse residencial para que não haja mais comércio, para que não passasse caminhão para que não tivesse trânsito? Eu fico sem resposta, e fico pensando meu Deus do céu eu não sei o que fazer.

Resposta (José Police Neto): Silvinha Peço desculpa junto com o presidente de não poder lhe dar as respostas naquele momento, mas a legislação suporta sim a questão do tráfego dentro daquela área, suporta as zonas estritamente residencial, suporta sim a questão de comunidade protegida. Nós vamos aqui falar da questão do bairro protegido, ou seja, ele não fica isolado de outros bairros, mas protege aquela comunidade do trânsito, pois reduz a velocidade e as pessoas podem andar mais a pé no local. Ou seja, o bairro protegido protege a comunidade do sistema viário reduzindo a velocidade dos carros.

Leonardo Melo, Morador da Vila Romana – Viam aqui para falar sobre o patrimônio histórico. Acho que estamos tendo uma oportunidade muito grande de abdicar dos bens tombados que considerem de relevância em prol de alguns imóveis, alguns prédios que passem a ser protegido aqui por diante. De fato acho que não há nenhuma incompatibilidade entre o plano da cidade e a qualidade de vida das pessoas. Eu sei que o argumento oferecido que é contraposto a isso é, que é muito caro manter esses imóveis tombados pelo patrimônio histórico. A iniciativa privada não pode fazer nada porque isso é muito custoso. No entanto, existem inúmeras ideias criativas que são observadas no Brasil eu acho que São Paulo tem a quem copiar, até no interior de São Paulo existem iniciativas muito importantes e que deveriam ser levadas em conta. Há também exemplos positivos no passado: temos a estação ciência que hoje é um  local de para estudos muitos importantes. Portanto acho que há possibilidades de se pensar em alguma forma criativa de se manter esse patrimônio histórico e não é só destruir ou demolir como foi o caso de muitos prédios antigos na região da Lapa. Pois como vocês sabem a Lapa e a Vila romana é uma local de maior especulação imobiliária da cidade.

Resposta (José Police Neto): Leonardo traz uma preocupação do patrimônio histórico cultural e precisamos ver qual é o modelo que iremos querer, se iremos buscar recursos para financiar a comunidade protegida ou se traremos recursos. Acho que isso é um bom debate saber o quanto a cidade avançou, e temos que respeitar esses avanços e saber compreender, então temos que ver isso não só como gasto, mas como  investimento para a qualidade de vida na cidade.

Evandro Lagos – Eu só queria chamar a atenção na área de metrô. Temos a formação de duas linhas de metrô que estão se desembocando na região oeste, mas o que eu gostaria de chamar a atenção é que todas as linhas de metrô na região estão na base, pois a região da zona oeste é  formada por montanhas e seria interessante que haja estação de metrô nas partes superiores.

Resposta (José Police Neto): Evandro nos traz a preocupação com as linhas de metrô. Tem previsão de metrô, no estabelecemos isso no tronco Jaraguá tem uma estação prevista para Lapa e o Anhangabaú, para a Água Branca temos previsão para 2025 nessas 2 linhas  que passaram por esse território. Isso está no PITU 2020-2025.

Ilma, Representante do Conselho Perdizes – Foi pedido para que o entorno do Parque da Água Branca fosse tombado, de forma que cumprisse a legislação para evitar a verticalização excessiva. Na verdade esse é o problema maior de Perdizes. A Zulmira se esqueceu de dizer que quando foi construído o prédio na rua abaixo do parque atingiram o lençol freático e puxaram a água e o lago secou. Não foi feito nada não houve punição, infelizmente o poder público não cumpre o seu papel não tem mecanismos de fiscalização e eles pagaram um dinheiro para o parque e ficou assim. Então o que eu peço aos vereadores e a todos incluindo isso aqui que nos colocamos no plano regional os quarteirões da Francisco Matarazzo, da Germaine Burchard e Ministro Godoy fosse uma área residencial, porque está no entorno do parque. E com base no plano diretor de anteriormente aquela região no poderia sofrer crescimento vertical se lá não abrange a operação urbana Água Branca, como esse prédio como essa construtora teve condições ou teve permissões para construir esse edifício que fica na Rua Galvão.

Resposta (José Police Neto): A Ilma traz algo muito similar, ela diz: eu participei dos debates, sugere a proteção do entorno dos parques. Olha ainda não podemos fazer o entorno não há nenhuma legislação que autoriza isso, mas vamos ver vamos estudar acho que conseguiremos chegar a essa linha.

Carmem Cecília – Eu gostaria de salientar dois aspectos lembrados pelo vereador Police Neto no sentido de que realmente o plano diretor é uma peça essencial  para a qualidade de vida da cidade. Então isso na sua colocação inicial o vereador foi bastante claro e bastante enfático, entretanto o PL 671/2007 que não atende ao artigo 293 do atual plano diretor e que, além disso, não põe absoluta modificação no atual PDE justamente a partir de tudo aquilo que ouvimos tudo aquilo que as pessoas falaram aqui. E nós queremos deixar claro para o movimento da arquidiocese, Movimento Nossa São Paulo que nós estamos absolutamente a favor do manifesto contra esse plano diretor e esse processo de revisão. Outra coisa: é extremamente importante a existência dos conselhos com representação popular, seria uma conselho em casa subprefeitura para que haja a participação da população. E eu gostaria de parabenizar o vereador Carlos Apolinário porque ele reconheceu, ele pode ter uma visão ampla da cidade e que isso fosse um inicio de um processo que fosse o início de possibilidade dos vereadores esteja sempre presente em casa uma delas, com a presença dos subprefeitos permitindo essa ampla possibilidade de diálogo entre o Executivo, o Legislativo e a população.

Resposta (José Police Neto): A Carmem Cecília falou de assuntos que eu já percorri Em minha opinião qualquer legislador sabe que vai ter de lidar com conflitos. Nós vamos ter conflito de 4 em 4 anos sempre. Respostas definitivas não teremos, mas respostas introdutivas, que é o que nos temos que fazer e acredito que  a questão colocada no conselho de representantes  deve ser informadas.

Resposta (Carlos Apolinário): Gostaria de dizer aos senhores, que as críticas são bem vindas, mas que também tragam sugestões, pois a revisão será votada até porque algumas entidades entraram na Justiça dizendo que a discussão era ilegal, porém o tribunal de justiça já decidiu que as discussões do plano diretor é totalmente legal. Então dê sugestões será muito legal que essa revisão seja aprovada com as sugestões de vocês. Como eu disse: moro em Santana e hoje estou aprendendo muito com as informações passadas aqui na Lapa por vocês.

Pedro Ernesto – A gente entende que a Câmara dentro do município de São Paulo tem o mais alto espírito democrático, ouvindo os clamores da população, só podem fazer uma coisa que é rejeitar o PL 671/2007 devolvendo o para o executivo para que o refaça dentro dos artigos 261 do artigo PRE.

Resposta (José Police Neto): Pedro nós temos uma oportunidade de ouro para avançar neste texto que está aqui e não abandoná-la. Então tem gente que está disposta a fazer e garanto que a gente tem que avançar.

Eduardo Merheje Jr – Gostaria de deixar alguns recados, recomendações ou percepções, que tenho tido e uma das percepções que mais me feriu foi quando eu levantei muito a bandeira da verticalização, contra a verticalização e o adensamento de nossa cidade, mas de repente eu vi uma coisa e percebi que as pessoas que tinha verticalizado as quadras de Mirandópolis, estavam na reunião indo contra a verticalização. Porque também existe o direito de propriedade das pessoas, senhor presidente, no qual uma verticalização  o senhor que estava do lado, o seu lote cai à metade de preço. Então ser a janela de Moema, o bairro de Moema que é um dos bairros mais adensados de nossa cidade  ele começou desse jeito. O segundo assunto é quando o nobre vereador Netinho coloca de certa forma os piscinão como sendo o culpado da história do processo. Não é isso que aconteceu a cidade ela não respeitou os fundos de vale, ela não fez com que seguisse o caminho natural, para colocar os asfaltos em cima dos córregos. Então são duas realidades: uma onde o córrego não teve influência do sistema viário e outra onde o sistema viário já entrou que ai ninguém deu outra solução do que o piscinão. Eu não quero chamar de piscinão, nós temos que chamar reservatório ambiental, pois a água serve para problemas de incêndio que podem existir na cidade e é preciso lembra que a água está escassa e no nosso futuro as nossas gerações irão mendigar por água. Eu gostaria de falar sobre a ciclovia também a senhora subprefeita que defendeu tanto a ciclovia eu não vi nenhuma aqui.

Resposta (José Police Neto): Eduardo disse que podemos encontrar forma melhores do que o piscinão e vamos estudar isso. O PDE oferece os parques lineares, por exemplo.

Mauro Alves da Silva – Gostaria que os vereadores cobrassem a presença nesses debates do sindicato das construtoras, dos sindicatos dos corretores e imobiliários, o instituto dos arquitetos e o instituto de engenharia, porque eles não estão debatendo com vocês porque eles já têm cadeira garantida no plano gestor dessas operações urbanas, dessas operações consorciadas, da empresa municipal urbana de operação, que vocês da Lapa conhecem muito bem até é um péssimo juízo dela porque ela esta sentada em R$ 55 milhões da operação urbana água branca e não realizou nenhuma obra social e nem moradia popular? Outra coisa esse plano diretor, as pessoas querem discutir problemas regionais e vocês estão falando de plano global? Outra coisa que eu queria chamar atenção de vocês nós estamos sendo enganados pelo governo, porque o que é jogado na câmara é aprovado, no ultimo debate da administração da Sé que ocorreu no domingo, o vereador Police Neto disse que era importante essa discussão, porque pela primeira vez ia aprovar o plano e aprovar o orçamento, só que o que aconteceu com o plano de 2002. O governo atuou em 2005, ficou até 2008 com o orçamento próprio e não executou nenhuma das obras aqui na Lapa com certeza. Outra coisa é a intervenções da concessão urbanística e as operações urbanas. Só para mostrar a questão do Jabaquara é onde está o drama temos a operação da Água Espraiada aprovada em 2001 e  gastaram 300 milhões naquela ponte e não foi feita nenhuma moradia para os moradores daquela região. E alguns de vocês já até foram embora porque não queriam ouvir a resposta dos vereadores.

Resposta (Carlos Apolinário): É lamentável, toda a discussão respeitosa ela é bem vinda. Estamos aqui de forma respeitosa para ouvir os senhores. Esse cidadão ele tem ido a todas as audiências critica os vereadores o tempo todo, eu sempre dou a palavra a ele. Acho que isso é uma irresponsabilidade fazer isso com os vereadores. Podem nos criticar, podem colocar os defeitos, mas não podem agir assim, mas eu não sou o presidente da república, não sou governador, não sou prefeito, sou vereador e vim aqui ouvir os senhores.

Resposta (José Police Neto): Mauro procuramos com este trabalho e com a colaboração de vocês ter uma cidade melhor e não uma cidade que piora a cada dia.

Helena Werneck – Queria colocar algumas questões: primeiro a questão da reintegração do plano de bairro, que é só retornar a questão do artigo1 do parágrafo3, inciso 3. A segunda questão é que fundamental a questão do entorno de parque. No entanto a questão do entorno de parque público não obteve o mesmo amparo da legislação local, conseqüentemente caberia a inclusão de uma nova zona que seria uma zona intermediária e isso seria um avanço. O senhor Marcos Bastos pediu para eu colocar a questão que a Lei 13.885 possui inúmeras questões sobre a implantação do zoneamento que têm de ser revistas. Gostaria de falar sobre a questão cultural, que deveria estar de volta ao texto original, pois ele faz parte da ação do território e conseqüentemente eles criam um vácuo que a população sente falta dele, que seriam importante a recondução deles, principalmente das macro áreas no plano atual.

Resposta (José Police Neto): Helena falou do plano de bairro , falou do entorno , falou dos planos setoriais que já foram abordados na minha fala inicial.

Marlene – A primeira pergunta para o vereador Neto: a questão da logística de carga do Parque Continental e sua localização. A segunda questão é só reafirmar o que foi dito nas demais audiências de que o Parque Continental seja mantido estritamente residencial, mas de forma que exemplo o que disse a Silvinha, ele realmente o seja. Outro ponto e que está contemplada no plano diretor é a comunidade protegida na implantação do tráfego e agora em forma de lei tendo as ações do plano diretor. Vou deixar por escrito essa solicitação.

Resposta (José Police Neto): Não se pode mudar neste momento o zoneamento como foi dito para Silvinha

Repórter Isabel Coelho www.daquitv.com.br Uma pergunta vem de seu Arnaldo Ivo, Comitê de Política Urbana da Associação do Hospital da Lapa: vereador Netinho a questão de revisão dessa operação urbana não seria de resolver isso antes que as coisas ficam piores, pois nós temos os problemas de enchente na região da Pompéia, nós sabemos que a operação urbana da Água Branca chega por li e essa é a questão que ele coloca. Outro questionamento que vem da associação é do seu Ricardo: existe a possibilidade do metrô chegar até a Lapa? Essa é uma preocupação de todos também porque temos aqui vários problemas de transporte urbano, de trânsito. Outra questão é o Sr Avante ele faz parte da prefeitura da lapa, mas a comunidade que mora ali reclama muito do zoneamento no qual essa questão não foi debatida.

Reposta (José Police Neto): Internauta Arnaldo Ivo: Nós temos sim que fazer a revisão da operação urbana da Água Branca. Internauta Avante: Zoneamento não faz parte do PDE e sim do PRE. Internauta Ricardo: tem previsão de metrô, no estabelecemos isso no tronco Jaraguá  tem uma estação prevista para lapa e o Anhangabaú, para água branca nos temos previsão para 2025 nessas 2 linhas  que passaram por esse território. Isso esta no PTU 20-25.

Police Neto: Acreditem no esforço que nos vereadores estamos fazendo, porque se não o resultado final será pior para a gente, as devolutivas serão feitas, não importem ao nosso processo importem ao outros processos que irão querer imitar esse para uma cidade justa, inclusiva e democrática que queremos.

Muito obrigado!


Respostas

  1. O respeito à informação é mais importante que o nome ou debóche das pessoas… Faltam argumentos e apelam pelo ridículo! Pronuncia-se Merge e escreve-se Merheje.

    • Eduardo, tudo bem? Você é o cidadão que defende as ciclovias? SE não pode me indicar as audiências que participou? Quero corrigir seu nome no blog. Aguardo retorno. obrigada. Alexandra


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