Publicado por: penhalver | 24/08/2009

Moradores da subprefeitura da Sé pedem antecipação do Parque da “Rua Augusta”

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23 de agosto – Perguntas e respostas da audiência pública da revisão do PDE realizada no Teatro da UPS Maria Antonia, subprefeitura da Sé. Durante a audiência pública cidadãos colocaram suas opiniões e questionamentos que foram respondidos pelo relator da revisão do PDE, vereador José  Police Neto.  Leia os principais trechos:

Luciana – Sociedade dos Moradores de Cerqueira Cesar – Venho dizer que estou muito contente com a construção do Parque Augusta e com a minha surpresa esta sendo chamado de Caio Prado, mas isso não tem importância, pois nossa luta não foi em vão o local tem árvores centenáras e todas já tombadas e a contrução deste parque será fundamental para o local essa é a última área verde da região central. Então peço que permaneça  projeto do parque Augusta e agora é parque Caio Prado.

& Elizabeth Fortunato – Nós estamos há nove anos entorno desse parque. Quando foi apresentado aqui o Plano Diretor quero que duas coisas sejam deixadas bem claras que é a falta de áreas verdes na região central de São Paulo. Só isso justificaria a existência do parque. E o segundo momento que também é fundamental e que a gente percebe que é o cidadão ele deve participar do plano diretor o tempo inteiro e reforçado a participação. Nós queremos uma cidade mais justa.

& Eneida – Professora – Sou moradora há mais de uma década na Rua Augusta participo de todos os projetos de cultura. Concordo que a área do parque seja voltada para a cultura e o lazer, mas que também involuntariamente será chamada de parque Augusta, mas o que faz parte da minha vida dos meus filhos e dos meus alunos e o descaso com a Rua Augusta. Então a Rua Augusta está o inferninho da Cinderela, durante o dia é uma rua tranqüila e segura e a noite é um cenário irreconhecível. Eu não consigo sair nem entrar no estacionamento depois da meia noite. Quero dizer as pessoas fizeram um grande arraial eu adoro arraial, mas tem os períodos certos os dias certos, mas ali não. De quinta a domingo virou uma loucura, a vida dos moradores não é mais a mesma.

& Antônio Venâncio – Movimento da Criação do Parque Augusta – Gostaria de parabenizar os vereadores por que o projeto do parque foi colocado na Caio Prado. A única coisa que queria comentar e que o projeto esta para 2016 e isso poderia ser antecipado. Nossa luta agora além de lutar para a implantação efetiva do parque é que essa data seja antecipada. Roosevelt não está no PDE.

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Venceslau – professor e coordenador do colégio Marília Cintra – Nossos alunos manifestaram bastante interesse nessa região, na defesa pelo parque Augusta inicialmente, eu vejo constantemente pais reclamarem que a região não possui área de lazer, e vejo que eles também reclamam da Praça Roosevelt, onde as drogas estão dominando aquela região. A gente espera que viabilizem antecipar esse projeto.

& Sergio Carreiro – Venho aqui mais uma vez e mais e vejo que uma etapa de uma luta de 5, 6 anos foi conquistar o parque. É importante a construção de um parque justo e sustentável e democrático dentro da cidade um lugar seguro, um lugar propício para o lazer, enfim todos os benefícios que um parque pode trazer para a cidade, mas, tudo isso já foi dito pelos outros parceiros desse movimento. Então eu fico satisfeito e feliz e me sinto recompensado de ver aqui já no PDE a criação do parque Caio Prado mudou o nome, mas enfim é o parque. Gostaria de reforçar a importância da mobilização do cidadão se não fosse por esse grupo de 10,15 pessoas que mobilizou moradores, escolas e crianças esse parque estaria destruído. E gostaria de sugerir que o parque seja substituído o nome de Caio Prado para Augusta, visto que a rua augusta já foi um lugar pomposo. Roosevelt não esta no plano do PDE

Resposta (José Police Neto): Luciana, Elisabeth, Eneida, Antônio, Venceslau e o Sérgio, vieram aqui cada um da sua maneira para mostrar que tudo converge num espaço urbano que se que encontra na confluência das Ruas Caio Prado com  a Augusta e que aparecia para a cidade  em São Paulo lá em 2004, uma quadra entre a rua Caio Prado, Rua Augusta , Rua da Consolação, como um futuro parque, mas naquele momento ele era um parque local e como foi visto a força que aquele parque seria para a cidade  ele foi trazido para o plano da cidade. Então ele sai de uma discussão local e passa para uma discussão para a cidade, agora o que muda nisso? Muda por que a forma com que você dá forma para um parque da cidade é diferente de um instrumento local então anda esta se reconhecendo a necessidade que a região central tem de necessitar não só como plano local e sim no plano da cidade como um todo.

Luciana Fandinho – Eu moro na Bela Cintra e venho aqui também pedir pelo parque Augusta, porque não temos por onde correr, nós só temos concreto, na minha Rua Bela Cintra é a rua dos cones, onde as pessoas só colocam cones, e você não pode estacionar um carro, não pode fazer nada, porque o taxista acha que tem um cone e esse cone não pode ser removido. O Trianon esta lá maravilhosa, mas e certo horário não é uma boa ir e a Roosevelt no qual ja fui assaltada duas vezes por causa de um celular. O fluxo que vem da paulista para a Bela Cintra é muito grande eu não vejo planejamento eu não vejo nada .  Eu penso em mudar mas também preciso cumprir um contrato, pois moro de aluguel, tem um horário a noite que não dá para passar na Augusta, migraram menores para lá eu não sei de onde da Martins Fontes até a esquina da Augusta. E de quinta a domingo não dá para dormir no local. Existe várias casas noturnas na Augusta e tem uma casa de sauna na Bela Cintra onde a rua fica cheia de caçambas. Os teatros acabam prejudicados por tudo isso.

Resposta (José Police Neto):  A Luciana também fala um pouco disso da questão do parque. Todos  amamos São Paulo e gostamos de uma cidade movimentada o problema é quando esse movimento vira um caos e atrabalha os cidadãos, desta forma o parque irá trazer mais tranquilidade para o local e amenizar um pouco esse conflito.

Kaled – Professor de arquitetura e urbanismo da USP – No fim dos anos 90 do século passado a instituição adquiriu uma área que foi da Santa Casa de São Paulo e abrigou crianças que foram deixadas aos cuidados da Santa Casa depois aos cuidados da FEBEM, a Santa Casa se instalou. Quando a fundação comprou essa área para fazer os cursos de pós-graduação dela descobrimos que as áreas não estavam regularizadas, pois ela é considerada um conjunto residencial, no entanto a área 1000m² com 80% de verde e nos não queremos construir casas ali e sim, preservar o local construindo um ambiente de pesquisa colocando um curso de pós-graduação ali.

Resposta (José Police Neto): Kaled disse: queremos discutir a mediação de um conflito sobre uma área. Essa mediação de conflito está na nossa lei 13.430 no artigo 288, 299 mantida na revisão dos mesmos termos 260 e 261. Esse é um debate obrigatório da cidade porque  a gente não exercitou a nossa capacidade de solução dos conflitos de grupos da nossa sociedade.

Mauro da Silva – A revisão do PDE parece mais atender a especulação imobiliária do que os interesses socais, como pro exemplo, de moradias, saúde, educação, trabalho, transporte e segurança, no entanto, já havia anunciado pela cidade inteira as grandes obras, como pontes e viadutos. Então dinheiro para as operações sociais não tem garantia, mas para as grandes obras tem. Gostaria de fazer uma crítica sobre as intervenções urbanas não só aqui como também na Câmara Municipal que são as operações urbanísticas consorciadas. Temos exemplo da do erro da operação urbana, como a Faria Lima. Tem a questão da água branca que tem 55 milhões e não se construiu nenhuma moradia popular e agora não modificar totalmente a região. Tem também a questão da operação urbana Estaiada de 2001 tinha um planejamento de 200 milhões e foram gastos 300 milhões na ponte. E não foi dado o dinheiro para nenhuma moradia, embora 20 mil famílias morando nos córregos.  Então a nossa critica e sobre a concepção urbanista no PDE.

Resposta (José Police Neto): O PDE consta informações sobre moradias, saúde, educação, trabalho, transporte e segurança estão no art. 1 ao 10.

Débora – Me supreendeu quando foi falado da moradia e não consta no caderno, ele diz muito sobre ZES1,2 ,3e 4, Onde estão as ZEIS? Porque no PDE eu não vi as ZEIS, todas elas foram excluídas?

Resposta (José Police Neto): A Débora nos traz uma preocupação de onde estão as ZEIS e diz: – eu não vi no caderninho da revisão. As ZEIS estão na Lei 13.885/04, intactas como foram aprovadas sugeridas por vocês em 2003 e 2004, quando foi aprovado pela Câmara. No Plano Regional Estratégico da subprefeitura da Sé.

Reportagem: Alessandra Oliveira.

Edição: Alexandra Penhalver.


Respostas

  1. Saudo com muita alegria e satisfação a criação do PARQUE AUGUSTA, pois São Paulo é uma cidade além de árida, poluida e precisa de muitas áreas verdes, principalmente no centro da cidade, porém repudio totalmente à poda e o corte irregular das árvores centenárias deste terreno, porque a área ocupada atualmente pelo estacionamento é mais do que suficiente para a construção da creche e ainda vai sobrar muito terreno para o plantio de novas árvores. Me causou surpresa ser justamente a Secretaria do Meio Ambiente a autora dessa idéia absurda de corte de árvores, já que justamente a sua maior função seria incentivar o plantio de novas árvores e a criação de mais parques na cidade.

  2. Ivan Cintra Carneiro-Saudo todas autoridades da Camara Municipal e seus respectivos vereadores e ao prefeito de São Paulo e a Samorcc pela desapropriação e criação do Parque Augusta,porque São Paulo estava precisando de um espaço de area verde na região central de São Paulo.Só espero que antecipem a inauguração para 2014 e não para 2016.


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